Um protesto reuniu os médicos do município de Camaçari em frente à prefeitura na manhã desta terça-feira (6). Uma exposição de fotos das condições degradantes em que se encontram as unidades de saúde, entre elas a Policlínica e um dos Centros de Atenção Psicossocial (CAPS), foi montada na escadaria do órgão. Fotos de banheiros interditados, paredes mofadas, infiltrações, portas e janelas quebradas fizeram parte da exposição, batizada de Mural da Vergonha e chamaram a atenção dos transeuntes e da TV Câmara, que registrou os detalhes e entrevistou médicos e a população.
O foco principal do protesto desta terça-feira foi exigir do prefeito Elinaldo Araujo a realização de uma mesa paritária de negociação para discutir e, quem sabe, por fim a greve que já dura mais de um mês. Durante todo este tempo, os médicos vem recebendo apoio da população, que reconhece a importância e urgência da pauta de reivindicações. Pauta esta que coloca como prioridade o direito à saúde de qualidade e a valorização do trabalho médico.
Uma prova do apoio da população ao movimento grevista pôde ser conferida naquela manhã. O microfone dos médicos passou a ser dividido com pessoas que, a todo o momento, pediam para expor suas dificuldades em realizar exames, agendar consultas e adquirir medicações, além de reclamar da estrutura precária das unidades, corroborando assim com as queixas da categoria.
O presidente do Sindimed, Francisco Magalhães, presente na manifestação, ressaltou que o sindicato vem recebendo constantemente denúncias de médicos que trabalham no município. A mais recente partiu de uma unidade em Abrantes, onde faltou atadura engessada, forçando os médicos a improvisarem com papelão.
Os profissionais finalizaram o protesto na Policlínica, onde distribuíram informativos da greve a pacientes e transeuntes e cederam entrevista para o programa Camaçari TV. Uma nova assembléia será realizada hoje, às 19h30, no Sindimed, para discutir os encaminhamentos do movimento.
Deixe uma resposta