Os médicos de Camaçari voltaram a se reunir em assembleia na noite desta quarta-feira (15), no Sindimed, quando avaliaram as dificuldades de encaminhamento das negociações com a Prefeitura. É consenso que não há disposição efetiva dos gestores do município em conduzir com seriedade qualquer conversação.
Desde a última assembleia, no dia 19 de julho (ver matéria), o Sindimed vem tentando o caminho do diálogo. Voltou inclusive a buscar a intermediação do Bispo Diocesano de Camaçari, Dom João Carlos Petrini (ver matéria), mas a insensibilidade da gestão municipal permanece inalterada.
A bem da verdade, não é de hoje que a procrastinação tem sido o tom das sucessivas gestões em Camaçari. Só abrem algum tipo de conversação quando os médicos paralisam as atividades, mesmo assim, na base dos paliativos, apenas para desmobilizar a categoria e manter tudo como antes.
Judicialização
Diante dessa situação, a assembleia decidiu que o Sindicato deve partir para a judicialização, buscando prioritariamente a recomposição salarial com base na reposição da inflação, coisa que não acontece desde 2015, quando a perda ficou em 10,67%. Soma-se a isso as inflações acumuladas em 2016 (6,48%) e 2017 (2,95%).
Além de buscar na Justiça a reposição, o Sindicato continuará enviando ofícios à Prefeitura, reclamando a presença do secretário de Administração na mesa de negociações. Outra reivindicação é a incorporação da produtividade aos salários, principalmente para garantir que o poder aquisitivo não despenque no momento da aposentadoria.
Os médicos de Camaçari também estão reativando o grupo de trabalho que iniciou os estudos do Plano de Carreira, Cargos e Vencimentos (PCCV) específico da Saúde, para garantir critérios objetivos de progressão na carreira e a valorização dos salários.
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